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Michael Jackson (desambiguação).
Michael Jackson
Michael Jackson na
Casa Branca em 1984
Informação geral
Nome completo
Michael Joseph Jackson
Apelido
King of Pop (Rei do Pop)
Data de nascimento
29 de agosto de
1958
Origem
Gary,
Indiana
País
Estados Unidos
Data de morte
25 de junho de
2009 (50 anos)
Los Angeles,
Califórnia
Gêneros
R&B,
pop,
rock,
soul
Ocupação
Cantor,
compositor,
dançarino,
produtor e
instrumentista
Período em atividade
1964 –
2009
Gravadoras
MotownEpicSony Music Entertainment
Afiliações
The Jackson FiveThe JacksonsUSA for Africa
Influências
James Brown,
Diana Ross,
Sammy Davis Jr.,
Marvin Gaye,
Jackie Wilson,
Bee Gees,
Stevie Wonder,
Gene Kelly,
Fred Astaire,
Charlie Chaplin
Página oficial
MichaelJackson.com
Assinatura
Michael Joseph Jackson (
Gary,
29 de agosto de
1958 —
Los Angeles,
25 de junho de
2009) foi um famoso
cantor,
compositor,
dançarino,
produtor e
empresário norte-americano.
Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos
Jackson 5; começou logo depois uma carreira solo em 1971, permanecendo como membro do grupo. Apelidado nos anos seguintes de King of Pop ("Rei do Pop"), cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos:
Off the Wall (1979),
Thriller (1982),
Bad (1987),
Dangerous (1991) e
HIStory (1995). Lançou-se em carreira solo no início da
década de 1970, ainda pela
Motown,
gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos. Em idade
adulta, gravou o álbum mais vendido e popular da história,
Thriller. Jackson é frequentemente citado como "O maior ícone negro de todos os tempos", e com grande importância para a quebra de
barreiras raciais, abrindo portas para a dominação da
música negra na
música popular, e pessoas como
Oprah Winfrey e
Barack Obama conseguirem o status que tem hoje em dia.
[1][2][3]
No início dos
anos 1980, tornou-se uma figura dominante na
música popular[4] e o primeiro cantor
afro-americano a receber exibição constante na
MTV. A popularidade de seus
vídeos musicais transmitidos pela
MTV, como "
Beat It", "
Billie Jean" e "
Thriller" são creditados como a causa da transformação do videoclipe em forma de promoção musical e também de ter tornado o então novo canal famoso. Vídeos como "
Black or White", "
Scream", "
Earth Song", entre outros, mantiveram a alta rotatividade dos vídeos de Jackson durante a
década de 1990. Foi o criador de um
estilo totalmente novo de
dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o Robot, o "
The Lean" (inclinação de 45º), o famoso "
Moonwalk" entre outros. Seu estilo diferente e único de cantar e dançar, bem como a sonoridade de suas canções influenciaram uma série de artistas nos ramos do
hip hop,
pop,
R&B e
rock.
Jackson também foi um notável
filantropo e
humanitário, doou milhões de dólares durante toda sua carreira a causas beneficentes por meio da
Dangerous World Tour, compactos voltados à caridade e manutenção de 39 centros de caridades, através de sua própria
fundação. No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao
vitiligo geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em
1993 foi acusado de
abuso infantil, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. Em
2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil.
Um dos poucos artistas a entrarem duas vezes ao
Rock And Roll Hall of Fame, seus outros prêmios incluem vários recordes certificados pelo
Guinness World Records, incluindo "O maior artista de todos os tempos" e um para
Thriller como o álbum mundialmente mais vendido de todos os tempos - quinze
Grammys e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo - e vendas que superam as 750 milhões de unidades mundialmente,
[5] sendo que alguns empresários da Sony já registram a incrível marca de mais de 1 bilhão,
[6] sendo o artista mais vendido de todos os tempos. Sua vida, constantemente nos jornais, somada a sua carreira de sucesso como popstar fez dele parte da história da
cultura popular por mais de quatro décadas.
[7] Nos últimos anos, foi citado como "a pessoa mais famosa do mundo".
[8][9][10]
Índice[
esconder]
1 Biografia
1.1 Origem e infância
1.1.1 Jackson 5 e The Jacksons
1.2 Era Off the Wall e Triumph Tour
1.3 Era Thriller e ET
1.3.1 Motown 25: Yesterday, Today, Forever
1.3.2 Acidente e hospitalização
1.3.3 We Are The World
1.3.4 Captain EO
1.4 Era Bad
1.4.1 Excentricidade e vitiligo
1.4.2 Bad World Tour
1.4.3 Moonwalk
1.4.4 Neverland
1.4.5 "King of Pop"
1.5 Era Dangerous
1.5.1 Black or White, o videoclipe de maior estreia
1.5.2 O álbum
1.5.3 Heal the World Foundation
1.5.4 Dangerous World Tour
1.5.5 Super Bowl
1.5.6 Alegações de abuso sexual
1.5.7 Casamento
1.6 Era HIStory
1.6.1 Scream, o clipe mais caro da história
1.6.2 O álbum
1.6.3 HIStory World Tour
1.6.4 Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix
1.6.5 Ghosts
1.7 Era Invincible
1.7.1 Problemas com a Sony
1.7.2 O álbum
1.7.3 What More Can I Give
1.8 Anos difíceis
1.9 Michael Jackson retoma a carreira
1.9.1 Premiações
1.9.2 Em estúdio
1.9.3 2008: Thriller 25th, King of Pop e a venda de Neverland
1.9.4 This Is It
1.10 Morte
1.10.1 Funeral
2 Em Portugal
3 No Brasil
4 Discografia
4.1 Álbuns de estúdio
4.2 Coletâneas, semi-coletâneas e edições especiais
4.3 Vídeografia VHS/DVD
4.4 Vendas
5 Referências
6 Ver também
7 Ligações externas
//
Biografia
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Origem e infância
Michael era o sétimo de nove filhos de Joseph e Katherine Jackson. A família inteira – incluindo os irmãos mais velhos,
Rebbie,
Jackie,
Tito,
Jermaine,
LaToya e
Marlon, e os mais novos,
Randy e
Janet – viveram juntos em uma pequena casa de dois quartos, e o pai sustentava a casa a duras penas trabalhando em uma usina siderúrgica. Por vontade da mãe, mas contra o desejo do pai, as crianças tornaram-se
Testemunhas de Jeová e passaram a praticar a evangelização de porta em porta.
De acordo com as regras rígidas do pai, as crianças eram mantidas trancadas em casa enquanto ele trabalhava até tarde da noite. Entretanto, as crianças escapavam frequentemente para as casas dos vizinhos, onde cantavam e faziam música. Os irmãos mais velhos mexiam na
guitarra do pai
Joseph sem sua permissão enquanto ele estava trabalhando. Até que um dia
Joseph tomou consciência do talento de seus filhos e resolveu ganhar dinheiro com isso, e assim sair de
Gary e ir para a
Califórnia, para mais tarde serem contratados pela
Motown.
Jackson 5 e The Jacksons
Na
Motown, Michael e seus irmãos gravaram vários álbuns, o que lhes rendeu fama mundial. Com apenas treze anos Michael, através dos
Jackson Five, havia colocado quatro canções no topo das paradas: "
I Want You Back", "
ABC", "
I'll Be There", "
The Love You Save". Michael iniciou sua carreira solo quando ainda estava na Motown, quando lançou os álbuns
Got To Be There,
Ben,
Music & Me e
Forever, Michael, todos com pelo menos um sucesso mundial. A partir de
1973 a popularidade do grupo começou a diminuir, embora eles tivessem sucessos razoáveis como "
I Am Love" e "
Dancing Machine". Nesse último, durante as apresentações, Jackson simulava um robô dançando. A dança tornou-se bastante popular no mundo todo.
Durante sua
infância Michael e seus irmãos sofreram constante abuso de seu pai, que batia frequentemente nas crianças, e as aterrorizava psicologicamente. Os ensaios eram supervisionados pelo pai com um cinto na mão. Certa vez Michael e seus irmãos foram dormir no quarto de um hotel e deixaram a janela aberta.
Joseph escalou a janela com uma máscara no rosto e deu um susto nos irmãos, somente para ensiná-los a não deixar a janela aberta quando fossem dormir. Anos depois, Jackson sofreu pesadelos sobre ser sequestrado do seu quarto e chorava com isso. Durante sua entrevista a apresentadora
Oprah Winfrey, em
1993, Michael disse que durante sua infância chorou várias vezes por solidão e que muitas vezes vomitava só de ver seu pai. No documentário de
2003,
Living with Michael Jackson, do jornalista britânico
Martin Bashir, o cantor chorou ao relembrar de sua infância.
Em
1975, os Jackson Five saíram da Motown e assinaram contrato com a
Epic em busca de mais liberdade para produzir suas canções. Como resultado do processo judicial, tiveram que mudar o nome para
The Jacksons. Michael foi o principal compositor do grupo, escrevendo sucessos como "
Shake Your Body (Down to the Ground)", "
This Place Hotel", "
Can You Feel It?". Durante a sua adolescência sofreu de depressão por não aceitar estar crescendo, enquanto sua pele passava por um período de alto grau de
acne.
Em
1978, Michael co-estrelou
The Wiz no papel do Espantalho com sua companheira de gravadora,
Diana Ross, como
Dorothy. As canções do
filme foram arranjadas e produzidas por
Quincy Jones, que simpatizava com Michael. Após assinar o contrato com a
Epic, em
1978, Michael trabalhou com
Quincy em muitos álbuns.
Era Off the Wall e Triumph Tour
Leia também:
The Jacksons - Victory Tour.
Michael começou a gravar
Off the Wall durante a
primavera norte-americana de
1978. Com a
produção de
Quincy Jones, Jackson selecionou dez canções as quais formaram seu primeiro álbum solo em idade adulta.
Off The Wall causou furor entre o
público e a
mídia especializada. A mistura de
black music e
disco do álbum tornou-se referência nos anos que se seguiram. Michael ganhou seu primeiro
Grammy com o
compacto de "
Don't Stop 'Til You Get Enough", uma canção escrita e produzida por ele. Foram dois anos de constante exposição no
rádio e na
televisão. Foi a primeira vez que um artista colocou quatro canções de um mesmo álbum entre as dez mais tocadas tanto no
Reino Unido quando nos
Estados Unidos. Em 1980,
Off The Wall já era o álbum de
black music mais vendido da história. Os números chegam, atualmente, a 20 milhões de cópias.
Apesar de ter vendido com um único álbum solo mais do que os
Jacksons haviam conseguido na carreira de 11 anos, Michael resolveu continuar com os irmãos, atendendo a pedidos da mãe. Em
1979 durante um ensaio, Jackson caiu e quebrou o nariz, sendo obrigado a operar o nariz. Sua primeira
rinoplastia não foi um completo sucesso, e Jackson reclamou de dificuldades respiratórias que afetavam sua carreira. Ele foi submetido ao Dr. Steven Hoefflin, que realizou a segunda rinoplastia de Jackson e outras subsequentes operações. Depois de lançar mais um disco com os
Jacksons em
setembro de
1980 e cumprir uma apertada
agenda de divulgação - que incluía especiais no
rádio e uma seqüência de 39
espetáculos pelos
Estados Unidos -, Michael tinha pouco tempo para gravar o álbum que sucederia
Off The Wall.
Era Thriller e ET
Leia também:
Thriller.
1982-1986
Meses depois, aceitou um convite do cineasta
Steven Spielberg para narrar a história do
filme E.T., O Extraterrestre (
1982) em um disco que ainda incluiria a canção inédita "Someone In The Dark". Jackson resolveu trabalhar nos dois projetos simultaneamente, o que gerou desconforto na
Sony Music. O disco narrado por Michael seria distribuído pela
MCA Records no mesmo mês em que a
gravadora tinha agendado o lançamento de
Thriller. A
Sony Music entrou na
Justiça e conseguiu cancelar o projeto. Enquanto isso, Jackson concluiu as gravações de
Thriller. O álbum foi finalizado em seis meses e lançado em
novembro de
1982, depois de vários adiamentos.
Thriller é atualmente o álbum mais vendido da história, com mais de 106 milhões de cópias vendidas no mundo. Nos dois anos que se seguiram ao lançamento, o álbum foi a maior sensação da América, influenciando não somente a
música, como também a
dança, a
moda e a
televisão.
Thriller chegou à primeira posição entre os mais vendidos dos
Estados Unidos no dia 21 de
fevereiro de
1983 e permaneceu na posição por 37 semanas no primeiro lugar
[11] e mais 43 no top 10, um
recorde. Sete
compactos foram lançados e dois conquistaram o primeiro lugar, "
Billie Jean" e "
Beat It".
Thriller foi também um
marco na luta contra a
discriminação racial na indústria fonográfica. Jackson tornou-se o primeiro artista negro cuja música estava no ar na
MTV, com o
videoclipe de "Billie Jean", dirigido por
Steve Baron. A canção "Beat It", que tinha participação do guitarrista
Eddie Van Halen, fez rádios de
rock, na época orientadas a um público essencialmente branco, tocarem a canção de um negro; e fez rádios de
black music tocarem
rock. Um feito inédito até então.
Motown 25: Yesterday, Today, Forever
Michael em 1984, com o
Presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan e a
Primeira-dama Nancy Reagan na
Casa Branca.
Durante a divulgação de
Thriller na noite de 16 de maio de 1983, 3 mil celebridades norte-americanas lotaram um teatro em Los Angeles para assistir a uma apresentação comemorativa dos 25 anos da gravadora, chamada
Motown 25: Yesterday, Today, Forever. De suas casas, 50 Milhões de norte-americanos acompanharam pela TV a apresentação dos vários artistas negros, até a entrada dos Irmãos Jacksons, que vão embora e deixam Michael Jackson sozinho no palco. Ele começou a cantar "Billie Jean" , sucesso do álbum que havia lançado seis meses antes. De repente, Michael parou de cantar, andou até o canto esquerdo do palco e voltou deslizando de costas. Naquela noite, mais do que imortalizar o passo de dança criado e batizado décadas antes pelo dançarino Bill Bailey como "
Moonwalk" (algo como "passo da lua"), Michael Jackson consagrou-se como o Rei do Pop. "Foi aquele momento que cristalizou o status de celebridade de Michael Jackson", disse a revista americana Rolling Stone. "Moonwalk, no mundo do entretenimento, só é comparável ao andar de vagabundo de
Chaplin, à sequência de
Gene Kelly em Dançando na Chuva e aos passos de
Fred Astaire no filme Núpcias Reais". Depois daquela apresentação, tanto Fred Astaire quanto Gene Kelly foram atrás de Jackson para parabenizá-lo por usar tão bem o passo criado por Bailey. Foi então que o cantor estreou o chapéu e jaqueta pretos e a famosa luva de lantejoulas. Em
dezembro daquele ano, Michael e o diretor
John Landis estabeleceram também novos horizontes para a produção de
videoclipes, quando um curta-metragem de 14 minutos foi lançado para promover a canção "Thriller" ao custo de 600 mil
dólares, elevado para os padrões da época.
Também em tempo para o
Natal de
1983, um segundo
dueto entre Jackson e
Paul McCartney chegou às lojas. "
Say Say Say" tornou-se o sexto número um de Jackson na América e o nono do ex-Beatle.
Acidente e hospitalização
Em 1984 Michael Jackson ganhou uma estrela na
calçada da fama de
Hollywood.
Em
27 de janeiro de
1984, Michael Jackson sofreu um
acidente enquanto gravava o segundo
comercial para a
televisão do
contrato de 5 milhões de
dólares que havia assinado para ser garoto-propaganda da
Pepsi. O cabelo do astro foi incendiado por
fogos de artifício. Ele teve
queimaduras de segundo grau no couro cabeludo. Michael foi liberado do
hospital um dia depois da internação.
Em
março de
1984, Jackson lançou em
VHS o
videoclipe de "Thriller" acompanhado por um documentário sobre os bastidores da produção. A fita, intitulada Making Michael Jackson's Thriller, vendeu 4 milhões de unidades e tornou-se a mais vendida de todos os tempos, até ser superada pela do
filme Titanic, de
James Cameron, em
1997. Em
maio seguinte,
Thriller entrou para o
livro dos recordes e Michael ganhou uma estrela na
Calçada da Fama, em
Hollywood. Ao final de
1984, Jackson já havia conquistado 2 prêmios por
Thriller. Na cerimônia do
Grammy Awards daquele ano, o astro estabeleceu um novo
recorde conquistando oito prêmios. A marca foi igualada pelo
guitarrista mexicano Carlos Santana com o álbum Supernatural, em
2000.
We Are The World
Ver artigo principal:
Lista de ações caridosas de Michael Jackson
Com o sucesso de
Thriller, o interesse do
público e da
imprensa por Jackson era crescente. Tornaram-se notórios não somente os
hábitos pouco usuais do músico, mas também os trabalhos humanitários de Michael, especialmente em prol de
crianças e
adolescentes. Em
maio de
1984, Jackson participou do lançamento de uma
campanha contra as
drogas na
Casa Branca como convidado do
presidente americano
Ronald Reagan. Em
julho, Michael anunciou que reverteria todos os
lucros da turnê do álbum
Thriller para a caridade. A
Victory Tour, com 55 concertos em cidades dos
Estados Unidos e
Canadá, arrecadou 75 milhões de
dólares. A turnê quebrou o recorde de maior público, antes detido por
Elvis Presley.
Michael levava seus animais de estimação exóticos para todo lugar. Um chimpanzé chamado
Bubbles e uma cobra chamada Muscles.
Em
1985, Michael Jackson se uniu a
Lionel Richie e
Quincy Jones na missão de arrecadar
fundos para a campanha
USA for Africa. A ideia era gravar uma canção cujos lucros seriam revertidos para reduzir os índices de
mortalidade pela
fome no continente
africano.
Lionel compôs, no
piano, a
melodia. Michael escreveu a
letra em um único dia. O resultado eles chamaram de "
We Are The World". Para gravar a canção,
Quincy Jones convidou 44 celebridades da
música e
televisão, incluindo
Cyndi Lauper,
Diana Ross,
Ray Charles e
Stevie Wonder. O projeto arrecadou 200 milhões de
dólares para a luta contra a
fome na
Etiópia.
Michael ganhou dois
Grammys por "We Are The World": "Canção do Ano" (com
Lionel Richie) e "Gravação do Ano" (com
Quincy Jones). A canção recebeu também outros dois prêmios na cerimônia.
Jackson começou uma carreira empresarial. Ele comprou direitos autorais do catálogo Northern Song, que continha canções dos
Beatles, Elvis Presley entre outros.
McCartney ficou chateado com Jackson e desde então a amizade dos dois parece ter acabado.
Captain EO
Em 1986 o público conheceu uma das canções selecionadas para fazer parte do que seria seu próximo de estúdio: Bad. A canção
Another Part of Me fazia parte da trilha-sonora do filme Captain EO, produzido por George Lucas e Francis Ford Coppola. Michael estrelava o curta-metragem filmado todo em 3D para a Disney ao custou de um milhão de dólares por minuto. Até 1998, o filme ainda era exibido em parques temáticos da companhia. Em 2009, depois da morte do astro, a Disney decidiu resgatar o musical e colocá-lo em cartaz novamente.
Era Bad
1987-1990
Michael usou uma jaqueta de ouro niquelado em estilo militar durante a era "Bad".
Jackson lançou
Bad em
agosto de
1987, com dois anos de atraso. Para a
mídia especializada, o álbum era pouco ousado e uma decepção em comparação com
Thriller (
1982) ou
Off The Wall (
1979). Em contrapartida, o público respondeu bem e fez de
Bad um grande sucesso. Não tão grandioso quanto
Thriller, mas um grande sucesso. O álbum vendeu 30 milhões de cópias em todo o mundo e permaneceu durante algum tempo como o segundo mais vendido da história.
Bad ainda teve um
recorde de nove canções lançadas como
compacto. Cinco delas chegaram à primeira posição nos
Estados Unidos: "I Just Can't Stop Loving You" (com a estreante
Siedah Garrett), "
Bad", "
The Way You Make Me Feel", "
Man in the Mirror" e "
Dirty Diana". Foi a primeira vez que um artista colocou cinco canções de um mesmo álbum em primeiro lugar. Isso sem contar "Another Part of Me" que ficou um primeiro lugar nos charts de R&B.
Excentricidade e vitiligo
Jackson dois anos depois que ele foi diagnosticado com
vitiligo, aqui nas fases iniciais da doença.
Durante a divulgação de
Bad, a publicação de excentricidades sobre a vida de Michael adquiriu contornos enfáticos. Verdades ou mentiras, tornaram-se parte da
imagem que se criou em torno de Jackson. Foi noticiado, por exemplo, que o astro tentou comprar os
ossos e roupas de
John Merrick, o Homem Elefante. Que ele teria uma parte do próprio nariz, retirada em
cirurgia plástica, conservada em uma jarra dentro de casa. Que dormia em uma
câmara hiperbárica para retardar o
envelhecimento. Mais tarde essas notícias foram desmentidas pelo próprio.
Na época, as alterações na aparência de Michael eram visíveis e geravam muita polêmica. Os
jornais especulavam sobre dezenas de
cirurgias plásticas, apesar do músico confirmar apenas duas, e possíveis razões para a mudança na
cor da
pele dele, que estava branca. Especialistas acreditavam que Michael teria se submetido a um tratamento intensivo com
hidroquinona, uma
substância capaz de clarear a
pele. Em
1993, durante entrevista à apresentadora
Oprah Winfrey, Jackson afirmou sofrer de
vitiligo, uma doença autoimune não contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação. Posteriormente o cantor ainda contraiu outra doença de pele, ele foi diagnosticado com
lúpus no início dos
anos 1990.
[12] Essa doença também causa auteração na pele, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, deixando o individuo com fortes dores e mais frágil á outas doenças. Isso explicaria o uso de
máscara cirúrgicas em público, e o vício em remédios contra dor.
Devido as suas supostas excentricidades, Michael ganhou o apelido ‘Wacko Jacko’, do tablóide
The Sun. Vegetariano, Michael supostamente tinha horror a refrigerantes artificiais, apesar de ter feito uma campanha publicitária milionária para a
Pepsi.
[13] Entretanto há divergências sobre o suposto
vegetarianismo de Michael. A
União Vegetariana Internacional afirma que ele não era, pois comia carne de frango.
[14]
Bad foi indicado ao Grammy, Michael inclusive fez uma performance lendária no ano de 1988, onde cantou "
The Way You Make Me Feel" e "
Man in the Mirror". Ele não ganhou nenhum prêmio, o que gerou revolta no cantor. "Eles julgaram minha aparência, não minha música."
Bad World Tour
Em
setembro de
1987, Michael deu início à
Bad World Tour, a primeira turnê mundial dele como artista solo, que passou em 15 países e atraiu 4,4 milhões de pessoas aos estádios - um
recorde de público que seria superado pelo próprio Michael duas vezes, em
1992 e
1997.
Moonwalk
Em
1988, o cantor lançou a autobiografia
Moonwalk e o filme
Moonwalker, dirigido essencialmente por
Jerry Kramer, que continha os
videoclipes de "
Smooth Criminal" e "
Leave Me Alone". O longa-metragem ainda deu origem a um jogo de
videogame de
mesmo nome para
fliperamas,
Sega Mega Drive e
Sega Master System. Jackson ganhou um
Grammy pelo
videoclipe de "Leave Me Alone" em
1989.
Bad foi a última colaboração de Jackson com o produtor
Quincy Jones.
Neverland
Em
maio de
1988, Michael Jackson se mudou da residência da família, Hayvenhurst, em Encino, para um
rancho recém-adquirido no vale de Santa Ynez, ao norte de
Los Angeles, também na
Califórnia. A propriedade, de 2,7 mil
acres, (10,93
km²) foi batizada de
Neverland (Terra do Nunca, em
português) - uma referência ao livro
Peter Pan (
1906), de
J. M. Barrie. O astro morou sozinho no
rancho por 17 anos em busca de
privacidade. Não funcionou. Pelo contrário, o isolamento só fez com que aumentasse o interesse do
público e, consequentemente, da
imprensa sobre a vida dele.
Em
março de
1990, Michael Jackson assinou um
contrato recorde de 1.089 bilhões de dólares segundo a revista Forbes, com a
Sony Music que asseguraria a permanência dele na
gravadora por mais 15 anos. Nesse período, ele deveria lançar seis álbuns e receberia 180 milhões em antecipação por cada um deles. No
livro dos recordes, Jackson passou a ser citado como o
artista mais bem pago da indústria da
música.
"King of Pop"
Em 1990, durante o
American Music Awards,
Elizabeth Taylor discursava sobre a vida musical de Jackson quando finalizou: "Em minha estima, ele (Michael Jackson) é o único que pode receber o título de Rei da música pop, rock e soul".
A plateia, manifestou-se a favor da proposta e, desde então, o público e a imprensa se referem a Michael Jackson como "King of Pop" ("Rei do Pop").
Era Dangerous
Ver artigos principais:
Caso Jordan Chandler.
1991-1994
Black or White, o videoclipe de maior estreia
Depois de um ano longe das paradas de
sucesso, Michael pôde ser ouvido novamente nas
rádios em
novembro de
1991 com a canção "
Black Or White", o primeiro
compacto lançado do álbum
Dangerous. Jackson convidou o diretor
John Landis (de "Thriller") para gravar o
videoclipe da
canção. Quando foi transmitido, o
curta-metragem, que tinha dez minutos de duração, gerou controvérsia, mostrando o astro quebrando vitrines de
lojas e destruindo um
carro com um pé-de-cabra.
O
videoclipe foi transmitido simultaneamente para 27 países perante uma
audiência estimada em 500 milhões de pessoas: um novo
recorde. A reação foi imediata. O segmento considerado violento foi retirado do
curta-metragem. Michael se retratou em um comunicado dizendo que o comportamento simulava o
instinto de uma
pantera,
animal em que se transforma durante a história. O vídeo também ficou famoso por mostrar na
televisão uma das primeiras
metamorfoses geradas em
computador. O videoclipe contava com a participação de
Macaulay Culkin.
O álbum
Duas semanas depois desse enorme feito,
Dangerous foi lançado. O álbum reunia 14 canções inéditas - 12 delas escritas e compostas por Jackson. A
produção era, essencialmente, de
Teddy Riley, considerado um dos
criadores de um novo tipo de
som chamado '
new jack swing'.
Dangerous gerou nove
compactos, incluindo três números um nos Estados Unidos: "
Black Or White", "
Remember the Time" e "
In The Closet". O álbum ficou mais de dois anos entre os mais vendidos e foi adquirido por 34 milhões de pessoas no mundo, superando
Bad como o segundo melhor desempenho da carreira do cantor. Este é o álbum de um artista masculino mais vendido da década de 1990.
Heal the World Foundation
Jackson fundou a "
Heal the World Foundation" em
1992. A fundação ajudava milhões de crianças ao redor do mundo. Também enviou milhões de dólares para todo o mundo para ajudar as crianças ameaçadas pela guerra e por doenças.
Dangerous World Tour
Em
junho de
1992, Michael saiu em turnê para divulgar o álbum e quebrou
recordes de público firmados anteriormente por ele mesmo durante a
Bad World Tour, em
1987 e
1988. A turnê foi interrompida em
1993 depois que ele foi acusado de
abusar sexualmente de um menor. Apesar disso, a investida levou para os
estádios 3,5 milhões de pessoas em 69
concertos - uma média maior do que qualquer outra turnê até então. Todos os
lucros da
Dangerous World Tour foram revertidos para
caridade.
A
Dangerous World Tour foi a turnê que utilizou mais equipamento do mundo. O palco demorava 3 dias para ser montado e eram necessárias mais de 60 carretas, 20 caminhões e 2 jumbos 747 para transportar o equipamento de 2 toneladas e meia que eram: 168 homens trabalhando, 2 telões de cristal líquido, 1000 luzes e mais de 10 mil cabos elétricos. A
Dangerous World Tour foi transmitida ao vivo pela
HBO e foi a turnê de maior audiência da televisão.
Super Bowl
Para retomar a divulgação do álbum
Dangerous nos
Estados Unidos, interrompida desde que saiu em turnê, Michael programou dois grandes eventos televisivos em
1993. No dia
31 de janeiro, ele se apresentou no intervalo do
Super Bowl XXVII, a famosa final do campeonato de
futebol americano organizado pela
NFL e exibido, nesse ano, pela rede de televisão norte-americana
NBC diante de uma audiência de 133,4 milhões de pessoas, se tornando o evento de maior audiência na história da
América. Ao contrário de anos anteriores, ele foi a única atração do tradicional "show do intervalo". Devido ao status de estrela de Michael, a rede de televisão norte-americana
FOX (concorrente da NBC) deixou de exibir, pela primeira vez, um compacto com os melhores momentos do Super Bowl disputado no ano anterior (
Super Bowl XXVI); esse compacto era tradicionalmente exibido quando a emissora não detinha os direitos de transmissão da partida. A performance de Michael foi impressionante. Houve uma explosão e o "Rei do Pop" saiu pulando do chão acompanhado de fogos. Ele pousou e ficou imóvel em sua famosa postura de estátua por vários minutos, enquanto a multidão ia ao delírio. Uma chuva de fogos caia sobre o astro, que estava com seu tradicional óculos de sol, bracelete, roupa de militar com detalhes em ouro. Ele virou o rosto e lentamente começou a tirar os óculos, jogou-os e começou a cantar e dançar. Michael cantou três canções: "
Jam", "
Billie Jean" e "
Black or White". O Gran Finale aconteceu após a exibição de uma video-montagem de Michael participando de várias campanhas humanitárias por todo o mundo e, em seguida, 3.500 crianças da região de Los Angeles se juntam a Michael para cantar "
Heal the World". Foi o primeiro Super Bowl em que o número do público aumentou durante meia hora de show. Dangerous subiu 90 posições depois da apresentação. Dez dias depois, concedeu uma entrevista à apresentadora
Oprah Winfrey que foi assistida por 100 milhões de telespectadores. Foi a primeira vez em dez anos que Jackson aceitou falar com a
imprensa. A entrevista também se tornou um dos eventos mais assistidos de todos os tempos. E o álbum Dangerous voltou ao top 10 após um ano de seu lançamento original.
Depois da morte
Ryan White, vítima de
HIV, Michael lançou o single
Gone Too Soon, e chamou atenção do mundo para pesquisas sobre a cura da
AIDS, que na época havia um grande preconceito por parte das pessoas.
Durante a era Dangerous, Jackson visitou vários lugares do mundo, incluindo
Iraque e
Egito. Na
África quando desembarcou em
Gabão, foi recebido por mais de 100 mil pessoas, com um enorme cartaz dizendo "Bem-vindo a casa Michael!". Em sua viagem á
Costa do Marfim, Jackson foi coroado "Rei Sani" pelo chefe da tribo.
Em 1993 recebeu o "Grammy Legend Award" por ser uma lenda viva e por sua contribuição ao mundo da música.
Alegações de abuso sexual
Em
agosto de 1993 o jovem
Jordan Chandler, de 13 anos, representado pelo advogado civil
Larry Feldman, acusou Michael Jackson de
abuso sexual. As declarações, feitas à
imprensa, nunca foram entregues à
Justiça e, por conseqüência, o astro não chegou a ser indiciado pelo
crime. Apesar disso, o promotor distrital
Tom Sneddon deu início a investigações paralelas no final do mês pelo condado de Santa Ynez, residência oficial de Jackson.
As acusações geraram frenesi em todo o mundo. Michael cancelou o último seguimento da turnê do álbum
Dangerous em
outubro, pouco antes de deixar o
México a caminho dos
Estados Unidos. Durante uma semana daquele mês não se soube o paradeiro do astro. Ele reapareceu internado aos cuidados do terapeuta
Beauchamp Colclough, na
Irlanda do Norte, em uma clínica de reabilitação para
dependentes químicos alegando a necessidade de se restabelecer de um vício em
analgésicos.
Michael Jackson se pronunciou sobre as alegações pela primeira vez em
dezembro de
1993, durante um comunicado transmitido simultaneamente pelas redes
CNN,
CBS,
NBC e
ABC,
ao vivo do
rancho Neverland. Ele se defendeu, afirmando ser incapaz de "causar mal a uma criança".
Depois de seis meses de negociações, contra a vontade do cantor e do seu advogado, a
companhia de seguros daquele fechou um acordo de confidencialidade com o
dentista Evan Chandler,
pai de
Jordan Chandler que o acusava. Especula-se que a família tenha embolsado quase 15 milhões de
dólares. As investigações paralelas da
Justiça foram arquivadas em
1994 por falta de provas. Com o acordo, o único reclamante se recusava a colaborar.
Em
1996 Evan Chandler processou novamente Jackson, alegando que Michael teria violado os termos da acção civil, quando publicamente afirmou nunca ter abusado sexualmente do garoto. Neste novo processo, Chandler referiu-se ao álbum HIStory, bem como a uma entrevista que Michael deu a
Diane Sawyer. O pedido abrangia uma indemnização no valor de 60 milhões de dólares.
Casamento
Em
26 de maio de
1994, Jackson casou-se com
Lisa Marie Presley, numa cerimónia na
República Dominicana. A união foi amplamente divulgada e criticada pela
imprensa, que especulava sobre a conveniência do
casamento, realizado meses depois do término das
investigações criminais contra o astro. A primeira aparição pública do
casal foi em
setembro durante o
MTV Video Music Awards do ano. Eles entraram no
palco, seguiram por uma passarela e se
beijaram. O matrimônio durou dois anos.
Era HIStory
Ver artigos principais:
HIStory: Past, Present and Future – Book I;
Blood On The Dance Floor - HIStory In The Mix;
Ghosts.
1995-1999
Scream, o clipe mais caro da história
O primeiro compacto lançado da Era History foi
Scream, um dueto musical com a irmã
Janet, estreou durante uma entrevista concedida por Michael e
Lisa Marie à apresentadora
Diane Sawyer no programa
Primetime, da
ABC, um dia antes do lançamento de
HIStory. O videoclipe de Scream é o
vídeo musical mais caro da história: custou cerca de sete milhões de dólares,
[15][16] sendo certificado pelo Guinness World Records em 2006, desde então o livro não registrou nenhum outro.
O álbum
Em
junho de
1995 chegou às lojas o álbum duplo
HIStory: Past, Present and Future – Book I. No primeiro disco, uma seleção de quinze sucessos remasterizados. No segundo, a primeira coleção de canções inéditas lançada pelo cantor desde que acusado de
abuso sexual. Foram gastos 30 milhões de
dólares em
publicidade e
propaganda para o lançamento do álbum e divulgação de cinco compactos. Foi a maior campanha de
marketing já montada para promover um disco.
HIStory vendeu quase 30 milhões de cópias.[
carece de fontes?]
Também durante a divulgação do álbum, Jackson esteve no
Brasil para gravar cenas do
videoclipe da canção "
They Don't Care About Us" na
favela Santa Marta no
Rio de Janeiro e também na
Bahia, com o grupo de percussão
Olodum.
HIStory World Tour
Em
setembro de
1996, Michael Jackson deu início à
HIStory World Tour com um
show de lotação esgotada na cidade de
Praga, na
República Checa. Ao término dos concertos, mais de um ano depois, Jackson tinha levado 4.5 milhões de pessoas aos estádios de 56 cidades, em 35 países diferentes. Com isso, a turnê estabelecia um novo
recorde mundial de
público.
Em
novembro de
1996, o astro se casou com a enfermeira
dermatologista Debbie Rowe, com quem teve dois filhos. O primeiro, Michael Joseph Jackson Jr., nasceu naquele ano. No ano seguinte, Rowe deu à luz Paris Katherine Jackson. A enfermeira abriu a mão de todos os direitos maternos e entregou a guarda das crianças a Jackson, gerando grande polêmica. Em
2002, Rowe afirmou, em entrevista à rede americana de
televisão FOX, que os filhos foram "presentes" dados por ela ao astro.
Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix
Em
1997, oito canções inéditas de
HIStory foram
remixadas e lançadas na semi-coletânea
Blood on the Dance Floor. Entre os produtores responsáveis pelas versões estão
Wyclef Jean ("2 Bad"),
David Morales ("This Time Around") e
Tony Moran ("HIStory"). Neste álbum de remixes também são encontradas 5 músicas de estúdio:
Blood On The Dance Floor, Morphine, Superfly Sister,
Ghosts e
Is It Scary. A primeira acabou se tornando a única música bem sucedida do álbum nos Estados Unidos, mas também foi lançado como single
HIStory/Ghosts, que em geral teve um bom rendimento na Europa.
Blood on the Dance Floor é o álbum de remixes mais vendido da história, com cerca de 15 milhões de cópias vendidas.
Ghosts
Um
curta-metragem de 35 minutos intitulado
Ghosts e estrelado por Jackson estreou nos
cinemas europeus na mesma época. O
filme, escrito por
Stephen King ("Carrie, A Estranha") e dirigido por
Stan Winston ("O Predador"), foi concebido como uma releitura do clássico
videoclipe produzido para a canção "Thriller" em
1984.
Em
maio de
1997, o grupo
Jackson 5 foi incluído ao
Hall da Fama do Rock and Roll. Quatro anos mais tarde, em
2001, Jackson receberia a condecoração como artista solo.
Em
1999, Jackson realizou vários concertos beneficentes chamado, "Michael Jackson & Friends", que contava com participação de
Slash,
The Scorpions,
Boyz II Men,
Mariah Carey,
Pavarotti e outros.
Era Invincible
Em 2001, Michael completaria 30 anos de carreira solo. Para comemorar a data foram prensadas edições especiais dos álbuns
Off The Wall,
Thriller,
Bad e
Dangerous - todos remasterizados, com novos encartes, incluindo canções raras e inéditas, e também entrevistas com o
produtor Quincy Jones e o
compositor Rod Temperton. Além de dois shows comemorativos realizados no Madison Square Garden em setembro de 2001 com participação de vários artistas como
Britney Spears,
Whitney Houston,
Slash,
Usher,
Luther Vandross,
Destiny's Child entre outros.
No mês seguinte,
outubro, Jackson lançou
Invincible, a primeira coleção de novas canções lançadas pelo astro em seis anos, desde
HIStory, em
1995. Produzido essencialmente por
Rodney Jerkins e
Teddy Riley, também há a participação de
Carlos Santana na música "Whatever Happens",
Slash em "Privacy" e ainda um rap póstumo de
Notorious B.I.G.
Jackson tembém ajudou a formar o "
United We Stand: What More Can I Give", concerto beneficente realizado no
RFK Stadium em
Washington em busca de fundos de caridade para os familiares das vitimas dos
atentados terroristas de
11 de setembro nos
Estados Unidos, onde cantou
What More Can I Give junto com os outros cantores e Man In The Mirror sozinho, porém essa última não foi exibida na televisão.
Problemas com a Sony
Durante a rápida divulgação do álbum ficaram explícitas as divergências entre Michael e o então chefe da
Sony Music,
Tommy Mottola. Os problemas começaram em
2000, quando Jackson tentou retirar a licença das gravações originais do catálogo dele da gravadora para lançamento independente. Assim Michael não precisaria dividir os lucros com a
Sony. Entretanto, os advogados de Jackson encontraram
cláusulas no
contrato dele com a gravadora que impediam a transação.
Para evitar uma disputa
judicial, Michael e a
Sony fecharam um acordo que permitiria que ele abandonasse a gravadora depois do lançamento de
Invincible, mas não antes de um pacote de coletâneas que reuniriam os maiores
sucessos dele. A crise se acentuou quando a canção "
You Rock My World" vazou para as
rádios americanas propositalmente e teve de ser lançada como primeiro
compacto do álbum, Jackson queria que fosse Unbreakable. Assim, o Rei do Pop se negou a colaborar com o resto da divulgação de
Invincible. Mesmo assim, a Sony ainda lançou, mesmo que de uma maneira irresponsável, 2 singles:
Cry (mundialmente) e
Butterflies (apenas nos Estados Unidos). Apenas Cry obteve um clipe, sem a presença de Jackson.
O álbum
Invincible é conhecido como o "álbum mais caro da história", já que só em produção Jackson gastou cerca de 30 milhões de dólares. A Sony boicotou o álbum retirando-o das lojas após três meses de lançamento. Ainda assim Invincible vendeu cerca de 12 milhões de cópias no mundo todo, algo difícil até para os artistas que estavam no
auge na época.
What More Can I Give
Mais de 35 cantores contribuíram, como
Shakira,
Celine Dion,
Ricky Martin,
Luther Vandross,
Justin Timberlake,
Carlos Santana,
Beyoncé,
Laura Pausini e
Mariah Carey. O
compacto nunca foi lançado devido aos desentendimentos do astro com a
Sony Music. Além disso, especula-se que o envolvimento de um dos produtores do projeto com a indústria do
cinema pornográfico estadunidense teria afastado patrocinadores.
Anos difíceis
2002-2005
Jackson teve seu terceiro filho, Prince Michael Jackson II (Blanket) em
2002. A mãe da criança se mantém anônima, Jackson revelou que a criança era resultado de
inseminação artificial. Em novembro do mesmo ano, durante sua estadia em
Berlim, Jackson apareceu na janela da varanda do quarto de hotel com seu filho recém-nascido. O cantor surpreendeu a todos quando pôs seu filho com um pano no rosto para fora da janela durante 3 segundos. Supostamente, ele fizera isto para mostrar seu filho aos fãs que se encontravam à entrada do hotel, que teriam pedido que ele o mostrasse.
[17] Este ato provocou severas críticas.
Em 2003 a Sony lançou a coletânea
Number Ones que vendeu 10 milhões no mundo todo. No mesmo ano foi exibido o documentário
Living with Michael Jackson, que mostrava o dia-a-dia do cantor. O documentário mostrou a vida de Jackson, a sua infância difícil, seus 3 filhos, a sua casa e o seu isolamento em seu mundo particular. O documentário causou repercussão negativa para Jackson na mídia, graças às declarações do cantor durante as entrevistas concedidas ao jornalista
Martin Bashir, levando inclusive a segunda acusação em 2003. Alguns críticos disseram que o documentário foi mais prejudicial a imagem do cantor do que a acusação de 1993.[
carece de fontes?]
Ainda em 2003, acusado de abuso sexual de menor por Gavin Arvizo, Jackson negou tal alegação.
Elizabeth Taylor defendeu o cantor em um programa de televisão dizendo que ela tinha estado lá, quando Gavin se encontrava na casa do cantor, assistindo televisão. "Não houve nada de anormal. Nós rimos como crianças, assistimos um monte de filmes da Disney. Não houve nada de estranho, nem de inapropriado ." Durante a investigação, o perfil de Jackson foi examinado por um profissional da saúde mental chamado Dr. Stan Katz; o médico passou várias horas com o acusador também. A avaliação feita por Katz, dizia que Jackson tinha a idade mental de um garoto de 10 anos e não se encaixava no perfil de um pedófilo[
carece de fontes?].
O julgamento durou cinco meses, até o final de maio de
2005. Durante o julgamento, o cantor novamente sofreu de
estresse e grave perda de peso, que viria alterar sua aparência. Em junho, Jackson foi absolvido de todas as acusações, por falta de provas. Depois do julgamento Michael abandonou
Neverland e se mudou para o
Bahrain. O cantor disse que apesar de amar Neverland, ela tinha trazido coisas ruins (como as acusações) para sua vida e que nunca mais andaria com crianças novamente.
Outra coletânea foi lançada em 2004,
The Ultimate Collection, uma caixa com quatro
CDs e um
DVD. Em
março de
2006, a Sony Music lançou nova coletânea, o álbum duplo
The Essential Michael Jackson.
Michael Jackson retoma a carreira
Premiações
Em
2006, Jackson saiu do período de reclusão que estava passando em
Bahrain desde que fora inocentado em 2005, e compareceu a diversas premiações e homenagens. A primeira delas foi a homenagem realizada em maio de 2006 na
MTV japonesa, durante a premiação da
Video Music Awards Japan '06. Nessa premiação, Jackson recebeu a
Legend Award - raramente concebida a alguém -, devido a ele ser o artista masculino internacional que mais vendeu no
Japão, uma lenda viva da música. A imprensa em geral fez um enorme destaque para esse evento, devido ao fato de que foi a primeira aparição pública que Jackson fez desde sua absolvição saindo de sua reclusão no
Bahrain.
Michael recebeu em
2006, oito Guinness World Records, entre os registros estavam, "Primeiro artista a ganhar mais de cem milhões de dólares em um ano", "Primeiro artista a vender mais de 100 milhões de álbuns fora dos Estados Unidos", " Artista mais bem sucedido no mundo da música" entre outros, sendo ainda cogitado como o artista mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em mais de oito bilhões de dólares.
Também no ano de 2006, em
novembro, Michael compareceu ao
World Music Awards. Recebeu o
Diamond Award, dado a artistas que venderam mais de 100 milhões de discos. Durante a premiação, Jackson também recebeu o 9º certificado do Guinness da semana, dado em razão das 104 (na época) milhões de cópias vendidas do álbum
Thriller.
Em estúdio
Em
Maio de
2006, Michael se mudou do
Bahrain para a cidade de
Dublin, na
Irlanda, onde continuou a gravar o que seria o décimo-terceiro álbum solo da carreira - o primeiro desde
Invincible. A previsão era que o álbum chegasse às lojas nos anos seguintes e seria distribuído pela gravadora independente
2 Seas Records. Mas essa hipótese foi descartada mais tarde. O novo selo de gravação seria então a
Michael Jackson Company Inc., criada há pouco tempo.
Em
Outubro do mesmo ano, o programa de televisão
Access Hollywood teve acesso ao estúdio enquanto Michael trabalhava com o produtor e
rapper Will.i.am, membro-líder do grupo
Black Eyed Peas. O estúdio que Michael trabalhava em
Dublin era a Grouse Lodge Residential Studios.
Michael e a Sony compraram em
2007 o Famous Music LLC da Viacom, que lhe concedeu o direito sobre canções de muitos artistas famosos.
O tão esperado novo álbum, teve lançamento adiado para 2009, mais concretamente para o segundo semestre desse ano. Michael havia trabalhado com vários produtores conhecidos como
Teddy Riley,
Will.i.am, entre outros.
2008: Thriller 25th, King of Pop e a venda de Neverland
Fotografia aérea da parte sul do rancho
Neverland.
Numa tentativa de resgatar a visibilidade musical de Jackson, em
11 de fevereiro de
2008, a
SonyBMG lançou
Thriller 25th, uma edição comemorativa dos 25 anos do lançamento de Thriller, o seu mais conhecido álbum. Foram confeccionados remixes com a participação de artistas da época para compor a lista das faixas. Dentre os convidados estão
Will.I.Am,
Akon,
Fergie e
Kanye West
A Edição Especial é composta pelo CD - contendo as faixas convencionais e os remixes, adicionado o verso solo de Vincent Price e a canção inédita For All Time - e um DVD, contendo os clipes do álbum e a performance de
Billie Jean no 25º Aniversário da
Motown, em
1983.
Thriller 25 pode ser considerado sucesso comercial: Chegou à posição #2 nos
Estados Unidos, #3 no
Reino Unido, e no TOP#10 em mais de trinta países. Atingiu três semanas em primeiro lugar na
França, e duas semanas, em primeiro da
Argentina,
Bélgica, e no
Reino Unido. Foi certificado "Disco de Ouro" em 11 países.
Nos Estados Unidos,
Thriller 25th foi o segundo álbum mais vendido na sua semana de estreia, passando dos 166.000 exemplares. Foi inelegivel para o chart Billboard 200 por ser relançamento, mas entrou no Pop Catalog no número um, onde permaneceu durante nove semanas consecutivas. Este foi o melhor lançamento Jackson desde
Invincible em
2001, com um valor estimado de 500.000 exemplares e 2 milhões de cópias vendidas em 12 semanas.
Atualmente está entre os 10 álbuns mais vendidos do ano de 2008.
Para comemorar o aniversário de 50 anos de Michael Jackson a
SonyBMG lançou "
King of Pop" a primeira coletânea
interativa de Michael Jackson que contou com seu público para seleção das faixas.
O cantor vendeu seu rancho
Neverland, depois de três anos sem morar no lugar. No entanto gerou controvérsia da imprensa, já que ele vendeu a propriedade para uma companhia que ele mesmo era um dos donos.
This Is It
This Is It seria uma série de 50 concertos que teria início em 13 de Julho de 2009, na O2 Arena, em Londres. Os shows seriam suas primeiras aparições significantes desde a bem-sucedida
HIStory World Tour de 1996/1997, já que em 2001, ano de lançamento de seu mais recente álbum de inéditas, não foi realizada uma turnê para a promoção deste álbum, apenas 2 concertos foram realizados na cidade de Nova Iorque para a comemoração de seus 30 anos de carreira. Os 750 mil ingressos para esses concertos esgotaram apenas 5 horas após o início das vendas.
Todos os ensaios para a turnê foram filmados em alta definição: são mais de 100 horas de vídeos que deram origem a um filme/documentário, entitulado
This Is It. O filme foi produzido pela
Columbia Pictures, dirigido por
Kenny Ortega e teve lançamento mundial de 28 de outubro a 30 do mesmo mês.
Para acompanhar este filme a
Sony lançou uma coletânea que foi sua trilha sonora. Nesta coletânea se encontrarão todas as músicas que Jackson estava ensaiando para a turnê na mesma sequencia que apareceram no filme. Também houve a primeira música lançada depois de sua morte e versões nunca lançadas de algumas músicas, além de um poema que Jackson gravou para o álbum
Dangerous lançado em 1991.
Morte
Mídia e uma multidão de fãs em frente ao
Ronald Reagan UCLA Medical Center, em
Los Angeles, após o anúncio da morte do cantor.
Em
25 de junho de
2009, foi noticiado que Michael Jackson sofreu uma
parada cardíaca em sua
casa, na vizinhança de
Holmby Hills,
Los Angeles,
CA,
Estados Unidos. Os serviços de
emergência médica socorreram o cantor em sua casa, na tentativa de reanimá-lo. Porém, como Jackson se encontrava em estado de
coma profundo, ele foi levado às pressas para o
Ronald Reagan UCLA Medical Center, o
hospital universitário da
Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Desde sua internação, rumores haviam se espalhado pela imprensa confirmando seu falecimento. Sua morte teve uma repercussão internacional instantânea, sendo motivo de preocupação por parte dos
fãs em muitas partes do
mundo. O site
TMZ (em
inglês) largou na frente confirmando a morte que teve repercussões instantâneas na
blogosfera (em
português) e
imprensa (em
português) brasileira.
Funeral
Ver artigo principal:
Funeral de Michael Jackson
O adeus a Michael Jackson foi no dia
7 de julho de
2009. Primeiro o corpo foi velado em cerimônia privada no
Forest Lawn Memorial Park's Hall of Liberty, somente para familiares e amigos íntimos. Logo em seguida o corpo foi levado para um ato público no
Staples Center, onde 17.500 pessoas acompanharam o tributo. Estima-se que até dois bilhões de pessoas tenha assistido ao funeral pela televisão, já que emissoras do mundo todo transmitiram o evento ao vivo.
Em Portugal
Michael Jackson actuou apenas uma vez em
Portugal.
O espectáculo foi a 26 de Setembro de 1992 no
Estádio José de Alvalade em
Lisboa. O cantor só falou com a plateia duas vezes e disse "I love you" a começar e "peace" na despedida.
[18]
No Brasil
Michael Jackson esteve três vezes no
Brasil.
A primeira vez foi em
setembro de
1974, quando ele tinha apenas 16 anos, com os
Jackson Five, que faziam uma
turnê pela
América Latina, apresentando-se em
São Paulo,
Brasília,
Porto Alegre,
Rio de Janeiro e
Belo Horizonte;
A segunda vez foi em
outubro de
1993: Michael fez dois shows no
Estádio do Morumbi, em
São Paulo. Na saída de uma visita a uma
fábrica de
brinquedos, um dos veículos da comitiva de Michael
atropelou dois irmãos: a menina sem gravidade e o menino quebrou a perna. Michael visitou o rapaz no
hospital.;
[19]
A última vez foi em
fevereiro de
1996,
[20] quando ele esteve novamente no Brasil para gravar um clipe da canção
They Don't Care About Us, na
Favela Santa Marta do
Rio de Janeiro e no
Pelourinho, em
Salvador.
Discografia
Ver artigo principal:
Lista de singles de Michael Jackson
Ver artigo principal:
Canções Número 1 de Michael Jackson
Álbuns de estúdio
Got To Be There (1971)
Ben (1972)
Music and Me (1973)
Forever, Michael (1975)
Off the Wall (1979)
Thriller (1982)
Bad (1987)
Dangerous (1991)
HIStory: Past, Present and Future – Book I (1995)
Invincible (2001)
Outros:
One Day in your Life (1981)
Farewell my Summer Love (1984)
Coletâneas, semi-coletâneas e edições especiais
The Best Of (1975)
Anthology (1995)
HIStory: Past, Present and Future – Book I (
1995)
Blood On The Dance Floor (
1997)
The Millennium Collection (2000)
Greatest Hits: History - Vol I (2001)
Number Ones (2003)
The Ultimate Collection (2004)
The Essential (2005)
Visionary: The Video Singles (2006)
Thriller: 25th Aniversary Edition (2008)
King Of Pop (2008)
This Is It (2009)
Vídeografia VHS/DVD
The Wiz (1978)
Making Michael Jackson's - Thriller (1984)
Moonwalker (1988)
Captain EO
The Legend Continues (1988)
Dangerous – The Short Films (1993)
Video Greatest Hits – HIStory (1995)
HIStory on Film, Volume II (1997)
Number Ones (2003)
The One (2004)
Live in Bucharest: The Dangerous Tour (2005)
This Is It (2009)